Quantas Luas cheias ainda verei?
Eu não sei
Não saberei jamais
Só sei das que vi por onde passei
Tão soberanas, tão belas
Nunca eram iguais
Vi aquela sobre o velho jatobá
Silenciosa e meiga
Subindo bem devagar
Com promessas e desejos
De um doce beijo roubar
Vi outra sobre o mar sereno
Avermelhada e lenta
Em um suave deslizar
Iluminando coqueiros
Com histórias pra contar
E houve aquela de abril
Desesperada e branca
Sobre um céu de carmim
Desafiando as nuvens
'a derramar poesia em mim'
E quantas Luas cheias ainda verei?
Eu não sei... só posso sonhar
Talvez todas
E eu só mude de lugar...
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