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sábado, 12 de outubro de 2013
Palavras
Se quero falar contigo
As palavras não me obedecem
Voam para longe de minha lógica,
Procuro-as e não as encontro;
Se as encontro, não consigo aprisioná-las
São potros selvagens zombando de mim
Contigo, as palavras fizeram um pacto
Estão ao teu inteiro dispor
Pousam em teu poema como borboletas em uma rama;
De leve, sem esforço, inda que rimando flor e dor
As palavras são tuas súditas
Ao teu comando, enviam teu beijo, teu temor ... e se calam.
Deixam no ar lembranças de um tempo que não volta mais
Breves promessas de amor, incertezas, medos... e silêncio
Quisera eu comandar as palavras
Iria ordená-las em um poema generoso
Um poema que apagaria todas as marcas
Das durezas de nossas vidas
E te faria ver teu pequeno rio
desaguando no mar...
Apenas quisera.
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AMOR DISTANTE
ResponderExcluirEgê Valadares
Cada vírgula, cada palavra, cada frase
Eu deletreio na mensagem recebida!
Aos teus tão iguais são meus tormentos,
Vale a dor de tanta solidão sentida?!...
Não sei! Não sabes! Assim continuamos,
Seguindo, nos amando, mesmo distantes!
A contagem dos minutos de ansiedades,
Em nossas vidas sentimentos estuantes.
Gorjeando a dor nestes meus poemas tristes,
Tufado de amor, porém murcho de esperanças!
Com que sabor a esta solidão me prendes?!...
Quanto nos perdemos no que foi certezas,
Vais imergindo em minhas ternuras inúteis...
Nosso amor vai se perdendo nas tardanças.
Do livro Poeira e Flor vol II